“Não sou gay”. Atleta troca acusações com Nélson Évora

A ‘guerra’ entre Pedro Pablo Pichardo e Nélson Évora já dura há algum tempo, mas a tensão entre os dois atletas voltou a reacender-se. Nélson Évora falou do ‘rival’ no podcast ’40 minutos’, da Rádio Observador, e afirmou que ele “foi comprado para poder ter resultados a curto prazo”. O campeão europeu de triplo salto não gostou das declarações do colega e arrasou-o nas redes sociais.

“Quando dizes que fui comprado estás a faltar-me ao respeito. Não sou uma prostituta nem sou como tu que saíste a mal do clube porque te ofereceram mais. Não sei que problemas tens na cabeça ou se tens problemas com alguém que está no Benfica, mas não deves misturar as coisas e falar de mim”, começa por escrever. “Saí de Cuba pelos problemas que toda a gente sabe. Estava na Suécia e o Benfica fez-me uma proposta, como fizeram outros clubes de outros países. Cheguei a Portugal sem saber nada dos teus problemas, simplesmente focado na minha carreira”, prossegue.

“Até porque tu já eras campeão mas nunca me tinhas ganho. Na tua carreira só me ganhaste duas vezes e a tua melhor marca, 17.74, eu salto mais do que isso de leggings compridas e de chapéu. Nunca foste a minha referência como atleta nem como pessoa”, dispara Pichardo. “Passar 11 anos para teres o documento português não te faz mais português do que ninguém, nenhum de nós nasceu cá. Dizes que não tens nada contra mim (…) mas sempre que tens uma oportunidade falas do Pichardo. Sê homem e fala diretamente para a pessoa ou para o clube com o qual tens problemas”, escreve.

“Sou melhor do que tu”

O final da resposta é arrasador. “E pára de falar de mim que já pareces uma menina quando gosta de um rapaz (és bonito mas não sou gay). Sempre fiquei no meu cantinho, mas chega de humildade e ficar calado. Podes ter a tua história e ser o Nélson Évora, mas eu também tenho a minha e sou o Pichardo. Quando fores vencedor da Liga Diamante, quando saltares 18 metros e tiveres os meus títulos em um ano, então falamos de campeões. Sou melhor do que tu, aceita. Tu sabes”, termina.

Texto: Bruno Seruca

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