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Costa espera “novo impulso” na política comercial da UE com Espanha

No encerramento da 34.ª cimeira ibérica, em Lanzarote, nas ilhas Canárias, Costa sublinhou a “dimensão atlântica que a Europa tem”, evidenciada, precisamente, pelos arquipélagos portugueses e espanhóis, e afirmou que “essa dimensão será seguramente também uma marca muito importante da presidência espanhola”, a partir de julho.

Neste contexto, disse esperar que a presidência espanhola “possa ser uma oportunidade para a União Europeia dar um novo impulso à sua política comercial, designadamente, concluindo os acordos com o México, com o Chile e mesmo o do Mercosul”.

O primeiro-ministro considerou que a Europa tem estado mais fechada sobre si própria e focada no lado leste, por causa da guerra na Ucrânia, iniciada há um ano, esperando que agora haja também atenção à “dimensão atlântica”.

António Costa falava ao lado do homólogo espanhol, o também socialista Pedro Sánchez, no final de uma cimeira em que, segundo os dois, abordaram a agenda europeia e os temas que poderão dominar o segundo semestre do ano, sob presidência de Espanha.

Os líderes dos dois governos voltaram a sublinhar a sintonia que têm em relação aos dossiês “fundamentais que estão em cima da mesa” na UE, nas palavras de António Costa, que referiu em concreto a reforma do mercado da energia e as novas regras de governação económica “que são necessárias, que estão neste momento com os trabalhos a decorrer e que seguramente, com o impulso político da presidência espanhola, poderão chegar a bom porto”.

Costa e Sánchez lembraram que Portugal e Espanha têm nos últimos anos trabalhado em conjunto no seio da UE e destacaram a “solução ibérica”, que limitou os preços do gás usado para produzir eletricidade, e o projeto dos gasodutos para transportar hidrogénio entre a Península Ibérica e França.

Os dois realçaram também a concordância em relação à necessidade de reforçar a “autonomia estratégica” da União Europeia, relacionada com a reindustrialização e a procura de novos parceiros comerciais, para diminuir a dependência europeia da importação de energia ou, noutras áreas, de mercados como o chinês.

Sobre esta questão, António Costa realçou o “esforço comum” de Portugal e Espanha para uma “reindustrialização verde”, que fortalecerá as economias dos dois países, além de reforçar essa “autonomia estratégica da Europa”.

Em relação à “autonomia estratégica”, Espanha tem como objetivo dar um impulso ao debate durante a presidência europeia do segundo semestre e esse será um dos assuntos centrais de uma cimeira dos líderes dos 27 que terá lugar na cidade de Granada, em 06 de outubro.

Está também já prevista uma cimeira entre a União Europeia e a Comunidade da América Latina e das Caraíbas (CELAC), que não se realiza desde 2015.

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