“Estamos agora a chegar à fase final do projeto e vamos arrancar a obra talvez ainda este ano”, afirmou o diretor executivo da empresa de promoção imobiliária, Paulo Castro.
Em declarações aos jornalistas, à margem do evento imobiliário internacional MIPIM, Paulo Castro disse estimar que entre o segundo semestre de 2026 e janeiro de 2027 a primeira fase do projeto, orçada em cerca de 200 milhões de euros (investimento partilhado com a Farfetch), esteja concluída.
Já as duas fases restantes do projeto, que integram a criação de mais escritórios, serviços e espaços comuns, deverão estar concluídas entre 2027 e 2030.
“Gostava efetivamente de, em 2030, ver o projeto totalmente construído e em funcionamento”, afirmou.
O centro de inovação tecnológica ‘Fuse Valley’, em Leça do Balio, no concelho de Matosinhos, no distrito do Porto, será composto por 24 edifícios que vão albergar escritórios, habitações, um hotel e vários serviços.
Parte “substancial” dos escritórios será ocupada pela Farfetch (plataforma de moda de luxo), referiu o empresário, acrescentando que estão já a decorrer “algumas negociações” para acomodar outras empresas e serviços.
“O principal objetivo é termos os serviços e necessidades do dia a dia disponíveis para quem ali trabalha”, disse, notando que, uma vez concluído, o projeto vai criar 10 mil postos de trabalho.
Já o hotel, que será “ancorado num conceito de ‘business’ hotel”, vai ter 70 quartos e ocupar uma área de 12 mil metros quadrados, para onde estão previstos vários espaços comuns, como “salas para eventos, congressos, espaços de ‘coworking’ e spa”.
Segundo Paulo Castro, o grupo está ainda “em conversações com alguns operadores”, não tendo ainda definido o modelo de negócio para a unidade hoteleira.
“Não temos o modelo de negócio definido, nem o negócio fechado, porque nesta fase não decidimos se o hotel irá arrancar na primeira fase ou numa fase seguinte [do projeto]”, observou, dizendo acreditar que dentro de um ano essa questão possa estar “fechada”.
Por sua vez, o espaço destinado a habitação vai integrar o conceito de ‘coliving’ e será “muito focado nos trabalhadores”.
“O que temos pensado é um ‘coliving’ com cerca de 150 unidades”, adiantou, acrescentando que na parte envolvente do “Fuse Valley” vai ser criado um parque urbano “com praticamente 10 hectares”.
“O projeto tem três pilares: inovação, bem-estar e sustentabilidade”, acrescentou.
Em 11 de novembro de 2022, uma publicação em Diário da República (DR) adiantava que a Câmara de Matosinhos tinha suspendido, por dois anos, o Plano Diretor Municipal (PDM) para permitir a construção do centro de inovação tecnológica.
“A proposta de suspensão do plano revela-se, assim, imprescindível, caso contrário, inviabilizar-se-á a realização de um empreendimento de relevante importância para o concelho”, referia a autarquia, liderada pela socialista Luísa Salgueiro.
O projeto “Fuse Valley” foi um dos quatro finalistas para a categoria ‘Best New Development’ dos prémios do MIPIM, evento que reúne em Cannes (França) mais de seis mil investidores e instituições financeiras internacionais e na qual está presente o Greater Porto, marca criada pelos municípios do Porto, Gaia e Matosinhos para atrair mais investimento para a região da Frente Atlântica.
*** A Lusa viajou a convite do Greater Porto ***
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