Cheque à rainha! Como Gerard Piqué criou um jogo que o ajudou a vingar-se de Shakira e a faturar milhões – The Mag

Gerard Piqué foi durante anos um dos nomes mais respeitados do futebol. Com a camisola do Barcelona, entrou no lote de jogadores de topo e venceu inúmeros títulos, deixando uma marca indelével no desporto-rei.

Contudo, a perceção popular acerca do antigo defesa alterou-se drasticamente após este ter sido apanhado num escândalo, ao ser revelado que trocou telefonemas com o presidente da federação espanhola de futebol para combinar comissões para a sua empresa, e, principalmente, depois da separação de Shakira, sua companheira durante mais de uma década e que terá alegadamente traído.

Foi através da sua veia empresarial – na qual seguiu as pegadas do pai e do avô, um ex-dirigente do Barcelona – que o catalão de 36 anos engendrou uma manobra para recuperar de forma ardilosa o prestígio que estava a deixar pelo caminho.

Após ter sido um dos fundadores da Kosmos, a tal empresa de investimentos desportivos, conhecida por ter sido a responsável pelo novo formato da Taça Davis de ténis e por ser a proprietária do FC Andorra, clube andorrenho que milita na segunda divisão espanhola, Piqué tornou-se também no presidente e dono da Kings League, uma competição que traz um novo “twist” ao futebol e que tem sido um êxito inegável.

As imagens românticas de Shakira e Piqué

 

O SUCESSO DA KINGS LEAGUE

A Kings League é um torneio de futebol de 7, composto por várias equipas que têm como dirigentes personalidades do mundo do digital, como o popular streamer Ibai Llanos, ou antigas figuras ligadas ao desporto-rei, como Kun Agüero ou Iker Casillas, ex-guarda-redes do Real Madrid e FC Porto.

Os jogos, que incluem regras especiais como as equipas terem um “poder” sorteado por uma carta, que vai desde golos valerem a dobrar durante um período de tempo ou um penálti assinalado a seu favor, são transmitidos através dos perfis oficiais da competição no YouTube, Twitch e TikTok.

O projeto transformou-se num verdadeiro fenómeno no digital: segundo o ‘Relevo’, a final do torneio inaugural teve, somadas todas as plataformas online, 2,16 milhões de espetadores no seu pico. Este jogo encheu ainda o estádio do Barcelona, eleito como reduto da ‘final four’ decisiva e cujos fundos reverteram em parte para o clube catalão, com mais de 92 mil espetadores a terem-se dirigido a Camp Nou para ver ao vivo as meias-finais e final, disputadas no mesmo dia.


Refira-se que, se os números no que à quantidade de fãs dizem respeito aparentam ser impressionantes, menos o são aqueles que caem nas contas bancárias dos intervenientes: os prémios por vitória situam-se apenas nos 70 euros durante a fase regular e nos 100 euros caso alcancem as meias-finais e outros 100 se chegarem à final, referiu o jogador Marc Pluvins, em declarações ao podcast ‘Free Talks’, que explicou que o apelo para quem entra em campo não está na vertente económica, mas sim na possibilidade de pertencer a uma iniciativa desta dimensão.

Um exemplo deste atraente é a hipótese das equipas terem um “12.º jogador” convidado para as jornadas que disputam, sendo este um ex-futebolista de renome. Se habitualmente se trata de um antigo jogador do campeonato espanhol (como Chicharito, colega de Cristiano Ronaldo no Real Madrid, Saviola, ex-Benfica, ou Bueno, ex-FC Porto), os atletas do Porcino FC tiveram a oportunidade de ter como colega nada menos do que o brasileiro Ronaldinho Gaúcho, na oitava ronda da competição.









Ronaldinho na Kings League
Foto: Instagram

A VINGANÇA… E O DINHEIRO

Foi igualmente através do mediatismo que lhe foi providenciado pelo torneio que Gerard Piqué, agora numa relação com a jovem Clara Chía, conseguiu vingar-se da música que lhe foi direcionada por parte da antiga companheira, Shakira. Nesta, a cantora afirma que Piqué trocou “um Ferrari por um Twingo” e “um Rolex por um Casio”, impulsionando-o a engendrar uma reação original a estas provocações.

Piqué já esqueceu Shakira com Clara Chi, mas ela teve que fechar as redes sociais com medo dos fãs da colombiana

No dia 13 de janeiro, durante uma transmissão precisamente da Kings League, que partilhava com o amigo e agora parceiro de negócios Ibai Llanos, Piqué mostrou orgulhosamente o seu relógio Casio, uma das duas marcas às quais a sua nova companheira foi comparada pela colombiana, no tema que esta assinou em colaboração com o produtor Bizarrap.

Pouco depois, utilizou mesmo a sua chegada às instalações da Kings League para surgir ao volante de um Renault Twingo, numa manobra que fez furor nas redes sociais entre os fãs do antigo defesa.

A verdade é que, apesar da separação e das muitas polémicas que esta gerou, ambos os membros do antigo casal encontraram soluções para continuar a faturar. Para além da (muita) receita criada pelos milhões de visualizações das novas músicas de Shakira, a empresa de Gerard Piqué também está a ver compensado o seu investimento em termos financeiros.

Vamos a números: segundo as contas do jornal ‘El Español’, só a ‘final four’ da Kings League terá rendido à Kosmos um total de 3 milhões de euros, entre ingressos e merchandising. Mas há mais: o valor exigido às marcas que patrocinam a competição – os patrocínios correspondem a 90% das receitas, dado que, exceção feita à final, só por convite a custo zero era possível assistir aos jogos – pode mesmo chegar ao milhão de euros, de acordo com o ‘El Confidencial’.

Por fim, os encontros em Camp Nou chegaram mesmo a ter transmissão televisiva através da TV3, sendo que, com o crescimento exponencial que o projeto tem verificado, pode mesmo estar aqui uma outra fonte monetária muito considerável a explorar no futuro.

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