Num ato público em frente ao parlamento polaco, em Varsóvia, o secretário-geral do PSL (Partido dos Agricultores Polacos), Wladislaw Kosiniak-Kamysz, e o dirigente do movimento Polónia 2050, Szymon Holownia, anunciaram “uma terceira via para quem não acredita no bipartidarismo que fratura a Polónia”, nas palavras de Holownia.
Os dois líderes expressaram a intenção de criar uma aliança que partilhe 50% tanto do financiamento da campanha, como dos nomes que integrarão as listas eleitorais e mesmo dos ministérios, se conseguirem vencer o escrutínio.
Os contactos entre as duas formações políticas intensificaram-se nos últimos meses e, segundo as mais recentes sondagens, obteriam cerca de 15% dos votos, muito acima dos 8% necessários para terem assento parlamentar.
Antes deste anúncio, as sondagens indicavam 32% de apoio ao partido atualmente no poder na Polónia, o ultraconservador Lei e Justiça, e atribuíam 24% das intenções de voto à opositora Plataforma Cívica, o partido de centro-direita liderado pelo ex-primeiro-ministro Donald Tusk.
O partido Lei e Justiça, que obteve a maioria absoluta em 2015 e a renovou em 2019, graças ao apoio de partidos minoritários de caráter conservador e nacionalista, procura novos parceiros que substituam o vazio deixado pelo Acordo, formação com dez lugares no parlamento que abandonou a coligação em 2021, deixando o Governo em situação de minoria parlamentar.
Atualmente, o PSL tem 24 dos 460 mandatos do parlamento polaco e quatro dos 100 mandatos do Senado, ao passo que o movimento Polónia 2050 ocupa oito e um, respetivamente.
Em ambos os casos se trata de formações ideologicamente moderadas: o PSL teve origem em membros do esquerdista Partido Popular Unido e membros do sindicato Solidariedade, enquanto o movimento Polónia 2050 se enquadra na corrente democrata-cristã.
O Polónia 2050 constituiu-se como partido em abril de 2021, em torno da figura de Szymon Holownia, e não participou até agora em eleições gerais no país.
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