O navio humanitário Ocean Viking chegou finalmente ao porto de Civitavecchia, no centro de Itália, após ter resgatado 168 pessoas em risco no Mediterrâneo e numa viagem em que as organizações voltaram a salientar as dificuldades das operações na costa italiana.
O Ocean Viking, operado pela organização não-governamental SOS Mediterranée, resgatou inicialmente os migrantes perto da costa de Malta, no dia 28 de maio. No espaço de três horas, os voluntários da organização encontraram duas embarcações de madeira, uma com 59 pessoas a bordo e outra com 65, com alguns dos migrantes a apresentar sinais de desidratação e de exaustão após quatro dias no mar.
Mais tarde, no mesmo dia, 29 pessoas foram encontradas numa embarcação de borracha, que já se encontrava em viagem há cinco dias.
No total, o Ocean Viking resgatou 168 pessoas, incluindo sete mulheres, quatro crianças e 20 menores não acompanhados.
No entanto, a SOS Mediterranée voltou a criticar duramente as autoridades italianas, que designaram o porto de Civitavecchia, a 942 quilómetros e a três dias de distância, como o porto de desembarque para os migrantes.
.@SOSMedIntl then rescued 29 people in distress from a fiberglass boat with #Seabird1 assistance. Survivors spent 5 days at sea, 2 without food or water & are exhausted + dehydrated.
A total of 168 survivors are on #OceanViking, incl 7 women, 4 children & ~20 unaccompanied minors pic.twitter.com/P2KYAMP4sR— SOS MEDITERRANEE (@SOSMedIntl) April 28, 2023
Esta terça-feira, a organização reiterou que “designar portos irracionalmente distantes está a piorar as condições frágeis de sobreviventes e a esvaziar o Mediterrâneo Central de recursos de socorro vitais”. A SOS Mediterranée explica que, com tanto tempo no mar, os navios humanitários ficam indisponíveis para resgatar migrantes, tornando aquela que é a rota mais perigosa do mundo ainda mais mortífera.
Pode recordar a análise que a SOS Mediterranée fez ao ano de 2022 e às crescentes dificuldades no Mar Mediterrâneo aqui, na entrevista do Notícias ao Minuto à porta-voz da organização.
As ONG de apoio a refugiados no Mediterrâneo têm deixado claro que as mudanças implementadas pelo governo de extrema-direita de Giorgia Meloni pioraram ainda mais as condições de resgate, com as autoridades italianas a imporem mais limites às entradas de refugiados, mais dificuldades às organizações e mais opressão nas suas atividades.
Recentemente, o senado italiano aprovou mais medidas para impedir a entrada de refugiados no país, incluindo um novo conjunto de restrições a quem pede asilo e quem sofre de abusos de direitos humanos no seu país de origem.
Leia Também: Papa Francisco lamenta “portas fechadas” na Hungria a quem precisa
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