Opinião: O País em suspenso! – Penacova Actual

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Luís Pais Amante

Ainda se lembram do que escrevi sobre “o Tinteiro” e o “Mata borrão”?
O “Tinteiro” é o Senhor Presidente.
O “Mata borrão” é o Senhor Primeiro Ministro.

O Povo é o Povo e continua a assistir às “habilidades” destes dois. E eles gostam mesmo de brincar aos países, em jogos de tabuleiro, debaixo de chapéus de chuva.

O primeiro destes dois não sabe o que é ser Povo, nunca o foi; o segundo não sabe, nem quer saber.

Anteontem o Mata borrão fintou o Tinteiro e, bajulando-o embora, sucessivamente, disse que não à demissão de uma “coisa” que não se sabe bem como chegou a ministro.

Servo de Facção, arrogante, mal formado, vaidoso, sei lá mais quê…

Mas, pelo vistos, integrado numa parte do PS de que o Primeiro tem medo. Ainda nos lembramos todos como teve a lata de correr com o António José Seguro?

Será que a maioria foi eleita por si, como um todo, ou em bocados, do tipo do queijo do Guterres?

Presumo que a questão do “não” ao tal, não passou de uma encenação barata. Para mim -e pra outros, amigos- o evidente, é que estar à frente da pasta das infra-estruturas, hoje, “não é curricula, é mais cadastro”…

O Primeiro não tem quadros disponíveis para acabar com a vida política nas confusões em curso; nem consegue arranjar substituto.

Pelo menos assim, a correr, no fim de uma viagem relaxante enquanto um ministério ensaiava cenas de pancadaria. E o SIS bancava actividade policial, em ilegalidade total e absoluta. Parece o Faroeste e os filmes do meu tempo de menino, em reposição na Netflix.

O Tinteiro sabe bem isso e, numa marcação posicional, não vai fazer nada de especial, mas tão só transmitir ao Povo sofredor que vai passar a estar atento a tudo (enquanto come gelados da Santini) e que não vai permitir mais esta vergonha em que se tornou a governação.

Entretanto, o Governo ganha tempo, vai andar em digressão e, quando ambos combinarem, será o Mata borrão a pedir tinta ao Tinteiro, de corda ao pescoço e permissão para, remodelando, tentar cumprir a legislatura ou ter tempo, pelo menos para arranjar um postozinho que lhe dê jeito, lá fora.

E o País -rico, quase primeiro nas escalas internacionais, mas a contar do fim- parado no tempo, fica em suspenso.

… Sinceramente, eu já não acredito mais em milagres!

Luís Pais Amante