Humberto Pedrosa, antigo acionista da TAP, afirmou esta terça-feira, em plena comissão parlamentar de inquérito à gestão da companhia aérea, que “à data do processo de reprivatização” da mesma, “relançado em 2014, a TAP apresentava uma situação financeira degradada”.
Como elaborou aquele que é agora o alvo de (mais uma) audição, na sua intervenção inicial, a companhia aérea “não conseguia”, nesse momento, “gerar receitas suficientes” para fazer face aos custos existentes.
“Durante a gestão privada, o grupo TAP conseguiu resultados assinaláveis”, fez questão ainda de assinalar o ex-acionista, que exemplificou a afirmação com base no acréscimo no número de passageiros transportados, do número de trabalhadores e de voos, bem como do volume de negócios, entre outros fatores.
“Congratulo-me com os resultados atingidos pela TAP”, destacou ainda Humberto Pedrosa, atribuindo a responsabilidade pelos mesmos tanto à “equipa de gestão” da companhia aérea, mas também aos “trabalhadores”. E apontou: “O caminho não foi isento de obstáculos, mas foi possível”.
Humberto Pedrosa, que abandonou no final de 2021 a estrutura acionista da TAP, depois de cinco anos de participação por via do consórcio Atlantic Gateway, é o mais recente nome a ser ouvido no contexto da comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da companhia aérea. Foi um dos nomes que acompanhou a negociação do processo de reestruturação da mesma.
O empresário português tornou-se sócio, tal como David Neeleman, no referido consórcio em 2015. O Atlantic Gateway, recorde-se, conquistou uma participação de 61% na companhia aérea, por via de uma privatização efetuada ainda no Governo de Pedro Passos Coelho.
A ‘transição à esquerda’ que se seguiu na liderança do país, assumida por António Costa, levou a mudanças na gestão da companhia aérea. Após negociações, o Estado aumentou a sua participação na empresa para 50%, com o consórcio a deter apenas 45%. Os restantes 5% ficaram a cargo dos trabalhadores.
[Notícia em atualização]
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