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Numa “luta renhida”, 14 votos fizeram a diferença e deram a vitória ao projeto apresentado pela lista B, que concorreu com o lema “Ser Pontes”.
Escuteiro desde os 12 anos, Nuno Castela Canilho entendeu que era a altura de dar mais de si ao Corpo Nacional de Escutas (CNE) e as “cartas estão lançadas”. Domingo levou a melhor sobre a lista encabeçada por Paulo Renato e, apesar de «renhido», o sufrágio eleitoral não deixou dúvidas. É o novo chefe regional dos escuteiros de Coimbra. Um desafio para cumprir até 2026.
Foram 14 votos de diferença, «o que significa que o outro projeto também era interessante», afirma o dirigente da Mealhada, satisfeito com a forma como decorreram as eleições e com o resultado. A grande dimensão do território, que envolve toda a Diocese de Coimbra, ditou que um número significativo de eleitores votasse por correspondência, mas a adesão foi francamente boa. «90% dos agrupamentos da região votaram», numa participação que está longe da verificada há 10 anos, a última vez em que, à semelhança do que agora aconteceu, foram duas as listas a disputar a liderança regional. «Votaram metade dos eleitores possíveis» o que representou um total de 404 votos, refere.
Entusiasmado, Nuno Castelo Canilho, dirigente do CNE há 19 anos, entende que esta é uma que esta é uma «oportunidade» para ajudar e para dar novo fôlego a uma estrutura que o marca de forma estrutural, como pessoa e como cidadão. «A minha vida assenta nas bases do escutismo, muito do que sou deve-se ao escutismo», refere lembrando a sua ligação aos Bombeiros, à Misericórdia e, inclusivamente, a sua prestação como vereador. Depois de deixar a Câmara da Mealhada constatou que a «falta de motivação» de qual alguns se queixavam, particularmente pós-pandemia, era efetivamente «uma coisa sistémica», razão que o levou a liderar a equipa que, em janeiro, decidiu avançar com uma candidatura à Junta Regional.
“Ser Ponte” foi o lema escolhido pela equipa, que integra Diana Santos, Ana Pinto, Cláudia Costa, Gonçalo Moura Costa e Marta Paes. Um projecto que “assenta numa filosofia de vida, e nos «valores do escutismo», combinando três pilares fundamentais: «Construir pontes entre as pessoas», ou seja, entre os núcleos e os agrupamentos de toda a região e com a comunidade, agindo com «uma liderança servidora», balizada por uma «ética do cuidado», de preocupação com os outros. «Foi essa a filosofia que nos guiou e que foi escolhida», conclui.
Proximidade aos agrupamentos e à comunidade constitui uma parte essencial do trabalho a fazer.
Nuno Castelo Canilho assume que tem pela frente um «grande desafio», que tem como «primeira missão», «fundamentalmente» em seu entender, a necessidade de «Começar a lidar com os agrupamentos».
São, recorda, 56, repartidos por 20 concelhos e é essencial «tomar o pulso aos agrupamentos», «perceber como estão», para depois fazer o necessário planeamento do trabalho a desenvolver. Lembra que o novo ano escutista começa em setembro e quer que, nessa altura, a equipa esteja «muito bem preparada» para dar esse novo impulso e motivação ao escutismo na região.
A «aproximação à comunidade» é outra das traves-mestras. «O escutismo é a maior associação jovem e, às vezes, parece que andamos escondidos» assume, defendendo uma «abertura» à comunidade e uma relação de transparência» que, acredita, vai reforçar a «confiança».
Centenário do CNE também em Coimbra
«Há compromissos», assumidos pela direção anterior e que vão transitar para a equipa de Nuno Castela Canilho. Particulamente relevantes são, sublinha o novo chefe regional, as comemorações do centenário do Corpo Nacional de Escutas, que se assinala a ’27 de maio.
As comemorações nacionais decorrem em Braga, a «cidade fundadora». Todavia, «há interesse em realizar uma grande atividade em Coimbra, em 2023», refere.
Manuela Ventura: Diário de Coimbra
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