“Nós e os nossos parceiros continuamos a deixar claro às partes beligerantes que não pode haver uma solução militar para esta crise e que as negociações são o único caminho”, disse a secretária de Estado adjunta para os Assuntos Políticos, Victoria Nuland, à Comissão dos Negócios Estrangeiros do Senado.
O diálogo indireto encetado entre ambas as partes na Arábia Saudita, no passado sábado, graças à mediação deste país e dos Estados Unidos, e no qual a Organização das Nações Unidas (ONU) também participa, tem como principal objetivo, para já, alcançar um cessar-fogo que permita o fluxo da ajuda humanitária.
“Um cessar-fogo, disse Nuland, “longo o suficiente para permitir a entrega constante de bens muito necessários”.
“Os nossos negociadores estão cautelosamente otimistas. Se esta etapa for bem-sucedida, levará a conversações alargadas com interlocutores locais, regionais e internacionais com vista a um cessar permanente das hostilidades e, em seguida, ao regresso de um governo civil”, esclareceu.
Victoria Nuland deixou claro, no entanto, que “até que a violência não cesse e a ajuda possa chegar, não pode ser encetado um processo em que os civis participem”.
O conflito no Sudão opõe o exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, sigla em inglês) e desde 15 de abril já provocou mais de 600 mortos, incluindo civis, e deslocou centenas de milhares.
Os combates eclodiram após semanas de tensão sobre a reforma das forças de segurança nas negociações para a formação de um novo governo de transição.
Ambas as forças estiveram por trás do golpe que derrubou o executivo de transição do Sudão em outubro de 2021.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) admite que o conflito armado desencadeado no Sudão pode levar a insegurança alimentar aguda no país a níveis recorde, com mais de 19 milhões de pessoas afetadas, dois quintos da sua população.
Leia Também: Confrontos fazem 25 mortos e levantam receio de mais violência no Sudão
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