Numa mensagem difundida a propósito do Dia Internacional dos Museus, que hoje se comemora, com centenas de iniciativas culturais nos espaços museológicos públicos e privados, o responsável da secção portuguesa daquela organização lembrou o “papel importante” dos museus no desenvolvimento da sociedade.
O tema deste ano, “Museus, Sustentabilidade e Bem-estar”, em articulação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, destaca “dois temas complementares e fundamentais no presente e no futuro: a sustentabilidade social, económica e ambiental, e o bem-estar individual e social”, enumera o responsável, na missiva enviada à agência Lusa.
Recordando o papel interventivo “em funções sociais e comunitárias” que os museus têm desempenhado nas últimas décadas, para além das tradicionais missões de colecionar, conservar, expor e comunicar os seus acervos, o presidente do ICOM-Portugal defende que aqueles espaços “devem ser promotores de sustentabilidade económica e social”.
“Devem contribuir, com impactos relevantes no futuro, para uma sociedade melhor e mais equilibrada, assente em valores de equidade e justiça social: apoiando a ação climática, promovendo a inclusão, combatendo o preconceito, o isolamento social e potenciando a melhoria do bem-estar e qualidade de vida dos indivíduos e das comunidades”, acrescenta o diretor-adjunto do Serviço Educativo do Museu de Lisboa desde 2020.
Para David Felismino, os desafios colocados pela “exigência desta postura mais atenta e proativa são inúmeros, nomeadamente a diversificação dos públicos, a abertura às comunidades, o compromisso com a inclusão, a democratização e pluralismo das narrativas, a partilha da autoridade do conhecimento, a ampliação e variedade programática física e digital, a permeabilidade à contemporaneidade, o compromisso e ativismo sociopolíticos, a descolonização das suas coleções e discursos, entre outros”.
Na opinião do presidente do ICOM-Portugal, estas questões estruturantes “exigem aos museus, sem alterar as suas funções basilares, uma alteração de postura e posicionamento no sentido da sua transformação em espaços dinâmicos e empáticos, de encontro, de inclusão, de partilha, de diálogo e de pensamento crítico”.
Para efetivar essa ação, David Felismino propõe, na mensagem, o trabalho em rede, estratégias de cooperação e parceria com entidades públicas e privadas, associações locais, grupos e movimentos da sociedade civil.
“A sustentabilidade destas estratégias depende e dependerá do aumento dos investimentos públicos e privados, em articulação com modelos de gestão mais flexíveis e autónomos”, advoga ainda o responsável.
Por outro lado, considera que, sendo os profissionais de museus “protagonistas e motores fundamentais destes processos de construção de instituições mais sustentáveis e inclusivas, importa criar políticas efetivas de formação, recrutamento, valorização das carreiras, promovendo condições de trabalho aliciantes para a necessária ampliação e renovação geracional dos seus quadros técnicos”.
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