8 de Dezembro, 2023

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“O presidente russo não é capaz de negociar nada com ninguém”

“O presidente russo não é capaz de negociar nada com ninguém”

O presidente da Ucrânia declarou, esta quarta-feira, que “o presidente russo não é capaz de negociar nada com ninguém”, durante uma entrevista ao canal italiano Sky TG24.

Questionado sobre possíveis negociações com a Rússia, o presidente Zelensky afirmou que “o presidente russo não é capaz de negociar nada com ninguém”, porque “mesmo depois de ter dado a sua promessa e concordado com o secretário-geral da ONU, com o presidente [turco] Erdogan, tomou a decisão de abandonar o acordo” de cereais.

Apoio dos Estados Unidos? Ucrânia “fará tudo” para manter

Sobre o apoio dos Estados Unidos e da Europa na sua difícil luta contra a invasão da Rússia, Zelensky garantiu que a Ucrânia “fará tudo” para manter essa ajuda.

“Os Estados Unidos são um dos líderes na ajuda e apoio à Ucrânia, na proteção da democracia. Sinto que há apoio nos Estados Unidos. Há 100% de apoio da Casa Branca [e um] grande apoio no Congresso. Não nos dececionaram num momento muito difícil. Embora houvessem vozes diferentes, vozes diferentes entre os representantes do Partido Republicano. Mas, na maior parte, tanto os democratas quanto os republicanos apoiaram a Ucrânia”, destacou.

Zelensky disse acreditar que a Rússia está agora mais fraca do que estava no início da guerra, pelo que interromper o apoio ou transformar os combates num conflito congelado significaria, de alguma forma, ajudar o agressor. 

“Não se trata de não ajudar a Ucrânia e de complicar as nossas ações ofensivas ou defensivas. Não, não é. Qualquer pausa hoje é uma ajuda exclusiva para a Federação Russa”, disse, destacando a sua gratidão pessoal a Biden e aos líderes dos países europeus que apoiam a Ucrânia.

“Faremos tudo para não perdê-lo”, concluiu.

Contraofensiva? “Lenta” mas “seguramente” a expulsar a Rússia da Ucrânia

O líder ucraniano salientou ainda que, ainda que “lenta, a contraofensiva ucraniana está “seguramente” a expulsar a Rússia das suas terras, assumindo que a escassez de armas e munições coloca dificuldades na linha da frente de guerra.

“A dificuldade é que os campos estão minados. A dificuldade é que há escassez de armas e munições, especialmente uma grande escassez de defesa aérea”, assumiu.

Considerando que há um “défice”, salientou que a defesa aérea é importante para a contraofensiva e para proteger a população.

“Precisamos de passar este inverno com dignidade”

O inverno que se aproxima também pode representar outro desafio para os ucranianos, lamenta Zelensky, referindo-se a “todos os nossos cidadãos, todos os nossos civis, as pessoas comuns que trabalham e os nossos soldados”.

“Precisamos de passar este inverno com dignidade, sem perder a iniciativa que temos no campo de batalha”, declarou, acrescentando que as “intimidações” das tropas de Moscovo provavelmente se intensificarão durante os meses mais frios.

De recordar que a contraofensiva ucraniana cumpre hoje quatro meses com avanços no bastião russo de Bakhmut (Donetsk), e na região e Zaporíjia (sudeste) para além de tentativas de desembarque na Crimeia, com a Rússia a insistir em ações condenadas ao fracasso.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Leia Também: Zelensky quer mais sistemas de defesa aérea com “aproximação do inverno”

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