Cristina Ferreira foi ouvida no Tribunal Judicial de Sintra, dando início ao julgamento que a opõe à Impresa, grupo detentora da SIC. A estação exige 12,3 milhões de euros a Cristina Ferreira, que só está disposta a pagar 2,3 milhões de indemnização por ter saído da estação sem cumprido o contrato até ao final.
A juiza do processo, Maria Teresa Mascarenhas, falou aos jornalistas e revelou que “correu tudo como planeado”. “O meu interesse é sempre uma decisão que se aproxime o mais possível da justiça que se que se espera dos tribunais”, começou por dizer a juiza, que explicou porque é que a audiência se deu à porta fechada. “Já houve dois pedidos sobre a não publicidade do processo, houve um aquando da audiência prévia. E depois foi renovado para audiência de julgamento. O pedido foi feito pela pelas rés Cristina Ferreira e Amor Ponto e não teve qualquer oposição por parte da SIC (…) A circunstância de um dos fundamentos desta ação, ser a violação da confidencialidade do contrato por parte da Cristina Ferreira. Que é alegado pela SIC. (…) Foi pedida pela Cristina Ferreira e não teve oposição por parte da SIC”, explicou.
“Basicamente aquilo que foi dito pela pela Doutora Cristina Ferreira foi que no início, quando pôs fim à ao contrato com a SIC achava que não tinha nada a pagar porque não tinha a noção que o contrato lhe exigisse que fizesse até ao fim. Que a determinada altura teve noção que poderia estar em risco de ter que pagar alguma coisa à SIC. Acha é que esse valor, a pagar à SIC, tem como pressuposto aquilo que era o seu vencimento fixo e não as partes variáveis da remuneração, qual é que era o vencimento fixo? Não vou dizer, porque essa era uma das razões da confidencialidade do contrato”, garantiu Maria Teresa Mascarenhas aos jornalistas.
Em causa, estavam as variáveis por audiências, microespaços, campanhas publicitárias, chamadas públicas, chamadas de valor acrescentado. “Havia uma cláusula que definia qual é que era o período de vigência do contrato”, confidenciou a juiza que disse que “à partida” Cristina “não terá que voltar”, mas a juiza diz que não faz “futurologia” e há a possibilidade de voltar a ser chamada.
O julgamento está todo, está todo escalonado por dias. Esperamos cumprir o agendamento. Há testemunhas para ouvirem todos os dias aquelas que achamos que demoram mais tempo, têm uma manhã só reservada para si. Quando achamos que são testemunhas mais pequenas, temos uma manhã para 2 ou 3 testemunhas de forma a tentar não sair deste calendário. Por que terminar também não tem?
Juiza voltou a expliciar o porque de ser à porta fechada
“A Cristina Ferreira é uma pessoa pública, não vou preservá-la daquilo que ela própria se expõe, como é óbvio?. O facto está de ser à porta fechada tem a ver com o facto de estarmos a discutir um contrato. Tem a ver com falarmos aqui de valores de remuneração. Não é o facto de ela ser uma pessoa pública que faz com que as pessoas tenham o direito de saber quanto é que elas ganham”, reforçou a juiza.
Da parte da tarde, será ouvido Francisco Pedro Balsemão, representante da SIC.
Texto: Tiago Miguel Simões; Fotos: Nuno Moreira
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